O casamento e
seus significados:
Alianças: A palavra aliança surgiu por
volta do século XV, provavelmente na França.
Mary de Burgundy foi a primeira noiva da
história a usar uma aliança como sinal de amor e
união duradoura. A iniciativa de presenteá-la
com um anel de diamantes foi de seu noivo, o
Arquiduque Maximilan da Áustria, em 1477.
A forma circular do anel, sem começo nem fim,
seria um prenúncio da continuidade do amor e
devoção ao longo da vida do casal.
O costume de usar o anel no dedo anelar da mão
esquerda parece ligado a uma crença antiga.
Acreditava-se que nesse dedo existia uma veia
que ia direto para o coração. O dedo anular
esquerdo tornou-se, assim, o dedo da aliança de
casamento em diversas culturas.
Amêndoas: Os italianos acreditam que as
amêndoas trazem felicidade aos noivos. São
oferecidas cinco, envoltas num tule. Cada uma
das amêndoas tem um significado. São eles:
saúde, riqueza, vida longa, fecundidade e
felicidade.
Arroz: Uma das mais antigas tradições de
casamento, o costume de jogar arroz originou-se
com os antigos hindus e chineses. Nessas
culturas, o arroz era símbolo de frutificação e
prosperidade. Acreditava-se que o lançamento de
arroz nos noivos após a cerimônia era um
oferecimento de fertilidade. Comer arroz e
outros grãos garantia saúde, riqueza e
felicidade ao jovem casal.
Beijo: O primeiro beijo trocado pelos
noivos no encerramento da cerimônia teve
diversos significados ao longo dos tempos.
Muitas culturas acreditavam que o casal trocava
espíritos na respiração e parte de suas almas
também eram compartilhadas.O beijo nupcial que
se pratica em alguns países teve a sua origem na
época feudal. Significa uma homenagem que o
noivo fazia à família da noiva.
Bem Casados: Os bem-casados denotam uma
doce união.
Bolo: O bolo sempre desempenhou um papel
muito importante nas festas de casamento.
Antigos romanos partiam um bolo na cabeça da
noiva para simbolizar fertilidade ou abundância.
Muitas outras culturas jogavam trigo, farinha ou
bolo na cabeça da noiva e depois comiam os
restos para terem sorte. Os primeiros britânicos
assavam cestos feitos com biscoitos, que os
convidados levavam para casa, ao final da
cerimônia. Os noivos tentavam se beijar sobre
estes pedaços. O costume do “bolo da noiva” veio
da França. Conta-se que um francês assistiu a um
casamento inglês no qual o noivo e a noiva se
beijavam por cima de uma mesa cheia de doces.
Voltando ao seu país, achou mais interessante
fazer, em vez de montes de doces, um só bolo
modelado e confeitado.
Bouquet: Para os antigos gregos e
romanos, o bouquet era formado por uma mistura
de alho e ervas ou grãos. Esperava-se que o alho
afastasse espíritos maus e as ervas ou grãos
garantissem uma união frutífera. Na antiga
Polônia, acreditava-se que, colocando açúcar no
bouquet da noiva, seu temperamento se manteria
“doce”.
A entrega do bouquet representa a despedida da
noiva, que o atira para repartir com os
convidados, num gesto generoso, a sua
felicidade.
Flores: As flores de laranjeira são
usadas porque os nossos antepassados as
consideravam um talismã para assegurar tanto uma
família numerosa como a felicidade nupcial.
Os antigos romanos tinham o costume de atirar
flores no trajeto da noiva, acreditando que as
pétalas fariam a noiva ter sorte e dar carinho
ao marido.
Grinalda: A grinalda faz com que a noiva
se pareça com uma rainha, diferenciando-a dos
convidados. Quanto maior a grinalda, maior era o
símbolo de status e riqueza.
Lua-de-mel: Tem origem no povo germânico,
pois era costume se casar na lua nova. Na
cerimônia, os noivos bebiam uma mistura de água
com mel para proporcionar boa sorte. O costume
também poderia ter nascido em Roma: os
convidados pingavam gotas de mel na porta de
entrada da casa dos noivos, para que estes
tivessem uma “vida doce”.
A lua-de-mel é também uma sobrevivência do
casamento com rapto, quando o marido mantinha a
sua “esposa seqüestrada” escondida, para evitar
que esta chamasse os parentes em seu auxílio. Lá
eles permaneciam por uma fase da lua e bebiam
uma espécie de vinho à base de mel para
torná-los mais apaixonados.
Noiva do lado esquerdo do noivo: Durante
a celebração do casamento, a noiva se posiciona
no lado esquerdo do noivo. É uma tradição que
remonta à Idade Média: se algum homem tentasse
“roubar” a futura esposa do noivo, este a
defenderia com a espada, usando o braço direito
para o combate. Outros dizem que, quando a noiva
fica no lado esquerdo, afasta o risco da
infidelidade
Noivo não pode ver a noiva vestida para a
cerimônia: É uma tradição milenar praticada
por quase todos os povos. Em alguns países
árabes, o casamento, especialmente dos
muçulmanos, ainda hoje é celebrado entre o
pretendente e o pai da noiva (esta aguarda em
outra sala). Somente depois da celebração do
casamento pelos homens é que a noiva se encontra
com o futuro marido. A tradição também ensina
que o homem não deve tocar em nenhum pertence da
noiva, para não quebrar o encanto do matrimônio.
Pode-se tocar apenas em objetos de vidro e ouro.
Vestido: A cor branca do vestido de noiva
só foi popularizada no século XIX, no casamento
da Rainha Vitória. Ela lançou a moda que
permanece até os dias atuais. Antes disso, não
havia cor específica para a cerimônia; a cor
mais usada era o vermelho, que simbolizava
“sangue novo” para a continuação da família. O
branco acabou sendo o preferido, por simbolizar
a castidade e a pureza.
Véu: Hijab (véu) quer dizer, em árabe, "o
que separa duas coisas". O véu da noiva
significa separar-se da vida de solteira para
entrar em uma nova vida, a de esposa.
Misticismo e romance cercam o assunto sobre o
véu. Originalmente, pensava-se que ele era usado
para esconder a noiva de possíveis
seqüestradores. Mais tarde, em outra versão,
diziam que algo escondido tornava-se mais
valioso.
O véu é uma referência à deusa Vesta (da
honestidade), que, na mitologia greco-romana,
era a protetora do lar.